Tor Teixeira, nascido e criado em Palmas (TO), em 1992, teve um de seus primeiros contatos com a pintura aos 9 nas aulas de pintura a óleo com a mestra Maria Vilma Sponhols até os 12. Na adolescência passou a desenhar quadrinhos, o que o levou até a faculdade de Design de Moda na UFG, FAV, em 2011, se especializando em estamparia manual, o que passou a guiar seu trabalho: o fazer manual, levando-o de volta á pintura da infância, mas também abriu as portas da tatuagem, do Muralismo, da Ancestralidade. Foi neste momento então que o contexto social e político passou a “incomodar” sua produção: o que quero dizer com isso? Estaria eu apenas reproduzindo as ideias padrão de uma sociedade xenofóbica, racista, sexista e homofóbica?
Foi com essa angustia que passou a tentar expressar em suas obras a impertinência de estar vivendo em um território antes de tudo indígena, colonizado e construído por mãos negras escravizadas, que é comandado por oligopólios e elites seculares, que hoje escravizam mentes e corações com propagandas de uma família branca e feliz comendo manteiga, enquanto as últimas reservas indígenas são ameaçadas e atacadas, enquanto jovens negros se suicidam por serem o alvo de helicópteros insanos, enquanto a violência doméstica corre solta, e ainda fazem novelas em que mulher feliz é mulher casada.
“Como um cidadão, não posso resolver todos os problemas do mundo, mas como artista eu posso provocar, causar a reflexão, fazer as pessoas se enxergarem no outro, se enxergar como igual, se enxergar como humano, como ser animal, que precisa das florestas, dos rios, do ar, que precisa de seu passado, que precisa de sua história real, não aquela feita “pra inglês ver”, mas aquela feita pra se levantar.”
Classificação: Livre
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Exposição permanente no Rosinha do Brejo Casarão Cultural e Hostel