O Programa Cidade de Goiás 20 anos Patrimônio Mundial prestou homenagem às Mulheres Fundamentais, que se fazem presentes por serviços legados à coletividade vilaboense por meio da cultura.
Este projeto foi realizado em 2021 e 2022, estando definidas: Consuelo Ramos Caiado, ativista e destacada presidente do Gabinete Literário Goyano, Nhanhá do Couto, musicista e promotora cultural, juntamente com suas neta, pianista e cronista Belkiss Spencière Carneiro de Mendonça; Irmã Aspásia, benfeitora da cidade e seus habitantes por mais de 25 anos de serviços prestados e Jacinta Luíza do Couto, colaboradora de jornais de circulação nacional e mãe de Cora Coralina, entre outras Mulheres Fundamentais da cidade e Goiás.
Os Tributos Musicais às Mulheres Fundamentais ficaram a cargo do maestro Fernando Cupertino e ocorreram nos respectivos meses de nascimento das homenageadas, sendo que as Leodegária e Cora, nascidas no mesmo mês, foram homenageadas na mesma ocasião. O Tributo Musical à Antolinda Baia Borges aconteceu na sede do Instituto Biapó, em 25/09/2021.
Antolinda Baia Borges, Tia Tó
Mulher Fundamental para o resgate da história, a valorização do patrimônio, a constituição dos museus e a afirmação das festividades religiosas da cidade de Goiás. Primeira presidente do instituto Biapó. Antolinda Baia borges: este é sinônimo de entrega, de dedicação e de muitas realizações.
E por falar em Tia Tó
A partida da Tia Tó pegou a todos de surpresa, tamanha jovialidade e vocação para o trabalho. E ficamos todos muito entristecidos, mesmo sabendo que seu legado haverá de permanecer em cada ação que fazemos. Ela nos deixou antes do combinado. Não era pra ser assim. Ao menos esperasse para ver a série de eventos e realizações que, em nossas reuniões, ela tanto falo, sugeriu, complementou e defendeu, tão animada como se, só agora, depois de contribuir para hospitais e comunidades eclesiásticas, de criar e dirigir museu por mais de 50 anos e assumir a presidência do Instituto Biapó; ela sentisse que poderia concretizar os sonhos que se tornavam tão próximos e palpáveis. Sabemos que esse mundo está estranho, não só pelos vírus que matam, os biológicos, mas também pelos homens que não se importam de nada sentir pelo próximo, como se vírus fossem. E foi pelo próximo, por meio da cultura, que Antolinda entregou toda sua vida. Viveu em troca de fazer vivo os patrimônios históricos, artísticos e religioso que fazem a cara que Goiás precisa para ser – e continuar a ser cidade Mundial. Nós a perdoamos por nos deixar assim. Foi ter com Dom Cândido Penso, conhecer Veiga Valle, sorrir com a Sant’Ana, entubular novos projetos com Dom Thomaz Balduíno Ortiz, com quem criou o museu que lhe admirou e que por elas tanto lutou.
Sua paga está garantida. Obrigado, Tia Tó